A bandeira LGBT é um dos principais símbolos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.
Ela representa a diversidade, a inclusão e o orgulho de ser quem se é. Mas você sabe como ela surgiu, o que cada cor significa e como ela mudou ao longo do tempo? Neste artigo, contaremos a história da bandeira LGBT e suas curiosidades.
Origem da bandeira LGBT
A origem da bandeira LGBT está ligada à luta pelos direitos civis e humanos dessa comunidade nos Estados Unidos.
Em 1969, ocorreu a Revolta de Stonewall, um levante popular contra a repressão policial aos frequentadores de um bar gay em Nova York. Esse episódio marcou o início do movimento de libertação gay e inspirou a realização das primeiras paradas do orgulho LGBT no país.
Na época, o símbolo mais usado pela comunidade era o triângulo rosa, que era um distintivo imposto pelos nazistas aos homossexuais nos campos de concentração. Porém, alguns ativistas achavam que esse símbolo era negativo e remetia ao sofrimento e à opressão.
Foi então que, em 1978, o artista e ativista Gilbert Baker criou a primeira versão da bandeira LGBT, a pedido do político Harvey Milk, que foi o primeiro homem gay eleito para um cargo público em São Francisco.
Baker se inspirou nos hippies, que viam o arco-íris como símbolo da paz, e na música Over The Rainbow, que dizia que“além do arco-íris existe um lugar ótimo”.
Baker confeccionou duas bandeiras com a ajuda de 30 voluntários e as apresentou ao público no dia 25 de junho de 1978, na Parada do Orgulho Gay de São Francisco. As bandeiras tinham oito cores, cada uma com um significado::
- Rosa – sexualidade
- Vermelho – vida
- Laranja – cura
- Amarelo – luz do sol
- Verde – natureza
- Turquesa – arte/mágica
- Anil – harmonia
- Violeta – espírito
Significado da bandeira LGBT
A bandeira LGBT foi ganhando popularidade e reconhecimento como um símbolo da comunidade ao longo dos anos. Porém, ela também sofreu algumas alterações em seu design original.
A primeira delas ocorreu logo após a morte de Harvey Milk, assassinado em novembro de 1978 por um opositor político. Para homenageá-lo, os organizadores da Parada do Orgulho Gay de 1979 decidiram usar a bandeira como um símbolo de luto e resistência.
Como havia uma escassez de tecido rosa na época, eles optaram por retirar essa cor da bandeira. Além disso, eles também tiraram a cor anil para deixar a bandeira com um número par de cores e facilitar sua divisão ao longo da avenida.
Assim, a bandeira passou a ter seis cores:
- Vermelho – vida
- Laranja – cura
- Amarelo – luz do sol
- Verde – natureza
- Azul – harmonia
- Violeta – espírito
Essa versão da bandeira se tornou a mais conhecida e difundida mundialmente. Porém, ela não foi a única. Ao longo do tempo, surgiram outras variações da bandeira para representar as diferentes identidades e expressões dentro da comunidade LGBT. Por exemplo:
- A bandeira bissexual tem três faixas horizontais: rosa (atração pelo mesmo gênero), roxa (atração por ambos os gêneros) e azul (atração pelo gênero oposto).
- A bandeira transgênero tem cinco faixas horizontais: azul claro (gênero masculino), rosa claro (gênero feminino), branco (gênero neutro ou indefinido), rosa claro e azul claro.
- A bandeira assexual tem quatro faixas horizontais: preto (assexualidade), cinza (assexualidade parcial ou fluida), branco (sexualidade) e roxo (comunidade).
- A bandeira pansexual tem três faixas horizontais: rosa (atração pelo gênero feminino), amarelo (atração por todos os gêneros) e azul (atração pelo gênero masculino).
Evolução da bandeira LGBT
A bandeira LGBT também passou por algumas mudanças recentes para refletir as demandas e os desafios da comunidade no século XXI.
Em 2017, o designer Daniel Quasar propôs uma nova versão da bandeira, chamada de Progress Pride Flag (Bandeira do Orgulho Progressista). Ela acrescenta à bandeira original um triângulo com as cores preta, marrom, azul claro, rosa claro e branca.
Essas cores representam as pessoas negras, pardas, transgêneros e não-binárias que fazem parte da comunidade LGBT e que sofrem mais discriminação e violência. O triângulo aponta para a direita, indicando um movimento em direção ao futuro e à igualdade.
Em 2018, a cidade de Filadélfia também adotou uma versão modificada da bandeira LGBT para sua campanha More Color More Pride (Mais Cor Mais Orgulho). Ela inclui as cores preta e marrom para representar as pessoas negras e pardas que são marginalizadas dentro da própria comunidade LGBT4.
Conclusão
A bandeira LGBT é mais do que um simples pedaço de tecido colorido. Ela é uma forma de expressar o orgulho de ser quem se é, de celebrar a diversidade e de reivindicar direitos e respeito.
Ela também é uma forma de lembrar a história de luta e resistência da comunidade LGBT contra o preconceito e a opressão. Por isso, ela é um símbolo tão importante e tão presente nas manifestações culturais e políticas dessa comunidade.