Uma voz contra o silêncio
A escritora e ativista Lúcia Aeberhardt, radicada na Suíça há 37 anos, lança o projeto “O Grito” com o objetivo de dar visibilidade à violência doméstica e ao feminicídio. A iniciativa utiliza as artes como forma de informar e mobilizar a sociedade sobre essa grave violação de direitos humanos que, segundo dados da ONU, afeta uma em cada três mulheres globalmente.
O tema é uma bandeira antiga para Lúcia, pós-graduada em comunicação e mestre em psicanálise. “A inspiração para criar o ‘O Grito’ veio da minha própria experiência de vida. Nasci e cresci em um lar violento, como filha da violência doméstica”, conta. Na época em que nasceu, há 57 anos, a violência contra a mulher dentro de casa era velada pela cultura. “Não se falava sobre o problema e não existia a Lei Maria da Penha”, diz.
Diante do silêncio e naturalização dessa prática nociva, Lúcia enxergou na arte uma forma potente de provocar reflexão e debates. “A única maneira que encontramos de alcançar o público feminino, informar e empoderar, foi por meio de expressões artísticas como literatura, fotografia e maquiagem artística”, afirma.
Liderança feminina na luta contra o machismo
Ao longo de sua carreira multifacetada, Lúcia se notabilizou como líder inspiracional no ativismo contra o machismo e violência de gênero. O compromisso em defesa dos direitos humanos e igualdade permeia todos os seus projetos há 25 anos. Além do mais recente “O Grito”, a escritora suíço-brasileira desenvolveu iniciativas pioneiras como a Madalena’s Suíça-Brasil, voltada para conscientização e prevenção.
“Lúcia tem carisma inato e tudo o que faz tem a marca registrada de amor e respeito ao próximo”, avalia a fotógrafa Magali Oliveira, uma das parceiras no “O Grito”. O projeto reúne também a Make Up Beauty Academy (MBA), a artista plástica Lionizia Goyá e a estilista Val Nascimento para combinar maquiagem artística, ensaios fotográficos, pintura e moda numa campanha impactante. “É um grito de alerta contra essas violências para que mais mulheres possam se libertar”, ressalta Lúcia.
Trajetória premiada
Além de ativista social, Lúcia Aeberhardt também é escritora – publicou mais de 10 livros em vários idiomas –, palestrante e embaixadora da paz. Sua luta já foi reconhecida internacionalmente com prêmios, como o Canário de Ouro na Torre Eiffel. Seu pioneirismo no enfrentamento à violência doméstica por meio das artes inspira mulheres dentro e fora da Suíça há mais de duas décadas.
Saiba mais sobre o projeto “O Grito” e a trajetória de Lúcia Aeberhardt:
Wikipédia: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lúcia_Aeberhardt
Site: https://www.luciaameliamadalenas.com/ogrito
Instagram: @luciaaeberhardtoficial