Se você planeja construir uma família, é importante ter uma ideia aproximada do quanto custa ter um filho. Afinal, por pelo menos 18 anos, você terá que investir em saúde, educação, alimentação, bem-estar e lazer, entre outras despesas.
Assim, você estará consciente desse impacto no orçamento ao embarcar em uma nova fase de vida, que traz muitas alegrias, mas também muitas responsabilidades. Para manter suas finanças equilibradas e atender às necessidades (e muitos desejos), pense em todos os custos de se tornar pai ou mãe, de fraldas e fórmulas a celular e faculdade.
Para ajudar a descobrir quanto custa ter um filho, vamos mostrar as principais despesas e estimativa de valores, além de apresentar dicas de como se planejar financeiramente para entrar nessa gratificante etapa.
Quanto custa ter um filho? Entenda os custos
Existem despesas que são inevitáveis na conta de quanto custa ter um filho, como educação, saúde, alimentação e vestuário, por exemplo. Mesmo dentro desses gastos, porém, pode haver uma variação de valores, dependendo das escolhas que você fizer na forma como deseja educar e criar seu filho.
Há também os gastos extras, não relacionados às necessidades básicas, mas importantes para o desenvolvimento e bem-estar, como atividades lúdicas, esportes, lazer, aulas de idiomas ou de música, dentre outras. Veja a seguir os principais custos de acordo com as fases de crescimento de uma criança.
Primeiros anos
Coloque na conta de quanto custa ter um filho fraldas, lenços úmidos, pomadas, produtos de banho, banheira, trocador, fórmulas, carrinho, berço, lençóis, toalhas e roupinhas (logo elas deixam de servir). Calcule cerca de R$ 16 mil para o primeiro ano de vida, incluindo enxoval.
Somente em fraldas, cremes e outros produtos de higiene, calcule no mínimo R$ 3,4 mil em um ano. Mas é claro que esses valores podem variar conforme as marcas e lojas que você escolher — e também conforme o sucesso do “chá de fralda”, ou seja, o quanto você vai ganhar de presente.
Some a isso brinquedos, babá, creche, um plano de saúde (que pode custar cerca de R$ 300 para recém-nascidos nas categorias mais populares) e medicamentos. Se a alimentação for só com leite materno nos primeiros meses de vida, você vai destinar cerca de 2 mil no ano. Se houver necessidade de complementar com fórmulas, acrescente de R$ 60 a R$ 200 por embalagem, que podem ter de 400 g a 1,3 kg.
Já as roupas de 0 a 12 meses podem chegar a R$ 7 mil do seu orçamento anual, mas você pode reduzir esses custos ao aproveitar itens de irmãos ou primos mais velhos. Assim, para os primeiros quatro anos de vida do bebê, estamos falando de cerca de R$ 35 mil.
Idade escolar
Do ensino infantil ao médio, você terá mensalidades que começam entre R$ 300 e R$ 900 e chegam a R$ 500 e R$ 1,2 mil. Esses valores podem ser bem superiores dependendo da escola que você escolher. Isso sem contar materiais escolares, uniforme, merenda, passeios de turma e transporte escolar.
Lembre que, nesta fase, os interesses da criança por brinquedos, roupas, atividades extras, lazer, alimentos e até mesmo móveis para o quarto serão outros. Você encontra brinquedos de poucos reais a mais de mil, tudo vai depender do quanto você acredita que um item é essencial na formação e desenvolvimento da criança e do valor que está disposto a investir.
Para atividades complementares, calcule uma média de R$ 50 por cada aula de música, de R$ 70 para natação, de R$ 100 para informática e de R$ 60 para cada reforço de disciplinas como matemática, física ou geografia. Mas é claro que o estado e a idade que você mora podem trazer uma variação de valor para mais ou para menos.
No vestuário, à medida que as crianças crescem, os itens tendem a ficar mais caros. Se optarem por roupas e tênis de marca, esses gastos podem ser bem altos, ultrapassando os R$ 500 ou mais por artigo.
Na era da tecnologia, videogames, computadores e celulares farão parte do seu orçamento. Para ter uma ideia, se fosse comprar hoje um smartphone, um console de jogos e um notebook, gastaria no mínimo R$ 3,5 mil considerando modelos mais simples e em conta. E não esqueça da mesada, se quiser adotar essa prática para ensinar o valor do dinheiro e introduzir a educação financeira.
Vida universitária
O ensino superior é um item importante na conta de quanto custa ter um filho, mas não é algo possível de precisar, já que depende de muitas variáveis como o curso escolhido, o tipo de material necessário, cidade, universidade e modalidade (presencial ou EAD). Para se ter uma ideia, as mensalidades podem ir de R$ 300 a mais de R$ 4 mil — e se os seus filhos ainda não nasceram, até chegarem lá, os valores deverão mudar bastante.
Se o jovem for aprovado em uma instituição localizada em uma cidade diferente de onde mora, você terá gastos com hospedagem/aluguel, alimentação, mudança, móveis, contas de luz e água.
Afinal, quanto custa ter um filho?
Segundo levantamento da Forbes, ter um filho pode custar entre R$ 400 mil e R$ 2 milhões do zero aos 18 anos. Nessa variação impactam a classe social, o poder aquisitivo e o salário médio da família, além da região em que vivem e das escolhas que fazem na criação dos filhos.
Como se planejar financeiramente para ter um filho
Existem algumas práticas que você pode adotar desde já e que podem impactar positivamente no quanto custa ter um filho, caso isso esteja nos seus planos. Uma delas é concentrar seus gastos no cartão de crédito para ter um controle melhor do quanto sai do seu orçamento em um mês.
Assim, você também pode identificar gastos desnecessários que podem ser reduzidos ou cortados e começar a economizar. Outra dica é já pesquisar planos de saúde sobre coberturas e carência tanto para o bebê quanto para os exames pré-natal e parto.
Planeje ainda o seu enxoval, pesquise o valor dos itens indispensáveis e veja com parentes e amigos se há algo que você pode aproveitar. Assim, além de economizar, estará colaborando com a preservação do meio ambiente.
Se optar por fazer um chá de fraldas, na hora de fazer a lista de presentes foque nos itens essenciais e dos quais você não pode abrir mão. No seu trabalho, veja qual é a política para mães e pais de crianças pequenas, se há auxílio creche ou mesmo um berçário no local.
Pense também na segurança da sua casa e preveja gastos com telas em janelas e portões em escadas e piscinas, por exemplo. E tenha sempre uma reserva de emergência equivalente a cerca de seis meses ou um ano dos seus gastos mensais, escolhendo uma instituição financeira de confiança.
Se quiser pensar muitos anos à frente, lembre-se de levar em consideração a inflação, a elevação do custo de vida e uma possível desvalorização do dinheiro. Esperamos que este artigo tenha sido útil para os seus planos!